tautologia de uma traição


 

sim, homens e mulheres traem. porém, suas motivações são bem divergentes, além do fato de a traição masculina ser mais aceita socialmente que a feminina. mais cedo, vi um vídeo de uma palestra do pesquisador em educação Paulo Freire, na qual ele dizia o seguinte:

"uma criança de quatro anos, de três anos, está em um desenvolvimento de sua linguagem...

está um dia, domingo de tarde em casa e o telefone toca. quando a mãe se aproxima do telefone, o pai diz de cá, na frente do menino: se for pra mim, diga que eu não estou!

mas isso é uma coisa absurda! (...) nesse momento, o que o pai está fazendo é estabelecer um choque extraordinário entre a fala e o concreto. (...) como é possível fazer o discurso da ausência na presença? como é que a criança vai transar isso? depois, o pai castiga o menino, porque mentiu. mas ele foi o professor da mentira do filho... o professor da insegurança do filho.

o menino, aos três anos, que ouve do pai, estando em casa, que não está em casa, dificilmente acredita no discurso do pai. e ao não acreditar nos discursos do pai, esse menino vive inseguramente. e essa insegurança vai pagar, mais tarde, a psicoterapia..."

fiquei pensando sobre as palavras do professor... se nós, quando crianças, tivéssemos sido criadas de forma mais ética e respeitosa, certamente hoje seríamos adultos melhores.

as tautologias da traição, partes 1, 2 e 3 contém ironias. por trás dos ciclos sei que existem dores, famílias, terceiros, muita mágoa. mas, dificilmente temos coragem para olhar as raízes que nos levam a esses ciclos, que são as mais diversas. uma delas, sabiamente identificada por Paulo Freire, está na nossa educação desonesta e descuidada quando ainda crianças. 

mas para deixar tudo mais leve e com humor, às vezes fica mais fácil no desenho. escolha qual fase você já viveu ou se encontra atualmente.

Parte 1





fim da história:

X sofre.

Y se dá bem.

Z abre relacionamento para X, Y e A.



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